Deus, Pátria e... a Vida
Género Crónica de guerra (colonial) / romance
Ano 2003
ISBN 978-989-703-108-3
Idioma Português
Formato e-book e-PUB
*LIVRO DISPONÍVEL EM EBOOK*
[Um livro que narra o percurso de um jovem que cedo conhece as agruras da guerra colonial e que sempre leva na memória os cantos da sua aldeia da Beira, bem interior...
Relatos por vezes sanguinários, em contraste com alguma pureza ingénua e original, revelam como pode passar-se dos "brandos costumes" para uma violência e crueldade de difícil entendimento. Momentos da nossa História recente que ainda nos incomodam mas que é preciso contar].
"Deus, Pátria e... a Vida", ironizando sem preconcebidas malvadezas com a emblemática tríade do Estado Novo, será mais um esforço, na tentativa de organizar este nosso mundo em que nos coube viver. E fá-lo pela via da revisitação a tempos, modos e lugares que com algum atrevimento poderíamos chamar de primordiais, não fora o caso de serem coisas de ontem e algumas ainda aí andarem. Porque se entendermos os três elementos daquela estatal legenda como outras tantas rédeas que mãos disfarçadas controlavam e manobravam, uma coisa parece certa: apesar de seguirmos agora montados no cavalo da liberdade, as rédeas ainda lá vão, mesmo que nas nossas mãos, a condicionar ou, pelo menos, a atrapalhar o comportamento da montada.
Mas, de qualquer modo, é de liberdade que falamos. E ao falar da Liberdade, quase instintivamnte e aqui, é o 25 de Abril que invocamos. E tanto o 25 de Abril como os seus obreiros, dos mais destacados aos mais humildades e ignorados, de algum lado vieram. Pois é também por aí que "Deus, Pátria e... a Vida" anda. E o Júlio, esse exemplo acabado do anti-herói que se fica pelo ser e pelo dever sem nada pedir em troca, bem poderá dasabafar com o cantor (José Mário Branco): «O que eu andei para aqui chegar».