Feliciano de Mira nasceu em Arraiolos, é cantador do Grupo Coral e Etnográfico “os Camponeses de Pias”, onde entrou em 1987 e permaneceu até se ausentar para o estrangeiro; regressou em 2006 à participação activa no Rancho. A sua ligação com a Aldeia de Pias levou-o a realizar o Levantamento Etnográfico da Freguesia de Pias, que teve como resultados a apresentação pública na 1ª Mostra de Artesanato de Pias (1987) e a publicação de Falar de Pias (1996) e de Crianças do Enxoé (1997). Publicou a plaquete O Cante Alentejano – A Celebração da Terra (2014). Em 2015 coordena o projeto “O Cante Acusmático de Pias” que liga experimentalismo poético, visual e sonoro ao Cante Alentejano, e em 2016 o “I Simpósio Internacional Patrimónios Imateriais do Alentejo à Bahia: Cante Alentejano e Capoeira” onde, para além da participação dos Camponeses de Pias, foi apresentada a instalação multimédia “Quando chego à minha Terra não há que ter arreceio” na Galeria do Solar Ferrão, no Pelourinho em São Salvador da Bahia.
Possui o doutoramento em Socio-économie du développement pela EHESS – École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris e em Sociologia Económica e das Organizações pelo ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Pela mesma instituição tem o Mestrado em Sistemas Sócio-Organizacionais da Actividade Económica e a pós-graduação em Sociologia Económica. A licenciatura em Sociologia foi atribuída pelo ISCTE – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. A sua pesquisa de pós‑doutoramento é em Estudos Culturais Comparados e decorreu no CES – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e EHESS – Paris. Tem sido investigador e professor universitário em Portugal, Moçambique e Brasil, é docente da Universidade do Estado da Bahia e coordena o GP – SEDES: Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Sustentável.