Respiração das Vértebras
Género Sagesse Poesia
Ano 2001
ISBN 978-9-72-985106-3
Idioma Português
Formato brochura | 60 páginas | 15 x 21 cm
Poesia do silêncio, das palavras que respiram, os múltiplos sentidos do sonho, do desejo, da impossibilidade de definir o espaço e o conteúdo entre o corpo e a respiração, entre o sentir e as palavras, sustentadas nas imagens do percurso que não corresponde a nenhuma linha sonhada. O corpo (o habitáculo da respiração) só faz sentido, se for articulado e sempre articulável com o mundo, de modo que a respiração das vértebras, do ser sonhador e por conseguinte sofredor, se integre numa espécie de consciência do espaço e do tempo que o sufoca, no íntimo dos caos. O poeta potencia através do corpo que respira, essa espécie de realidade virtual que é a explosão dramatúrgica da sua poesia, impotente perante vozes que provocam a erosão do eu, um eu que não consegue unitariamente sobreviver, no infinito desigual dos últimos milénios. Na poesia de ""Respiração das Vértebras"", há uma pujança de sonhos, uma eterna procura do ritmo certo da respiração e do horizonte, acentuados na vocação do silêncio, mas atentos no mínimo rumor ou gestos. Agradável surpresa, de uma poesia onde os ecos do silêncio, aparecem e afastam-se e regressam no corpo cosido.