Cada instituição, pública ou privada, familiar ou multinacional, é um habitat peculiar onde a fauna e a flora se organizam dinamicamente, em constante mutação.
Uma selva onde impera a lei do mais forte, onde a hierarquia da cadeia alimentar impele a matar para sobreviver e esquivar para não ser comido.
Uma selva onde se sobrepõem camadas de vários reinos, dos céus aos infernos, das aves aos vermes rastejantes, do calcário bruto da serra às lascas polidas da cidade, de mil folhas viçosas a pétalas rosa caídas na manta-morta, dos oportunismos corruptos às simbioses inspiradoras, do presente à linha oscilante do passado e do futuro, da magia da vida à inevitabilidade da morte.
Selvação é uma excursão pela selva que é cada um de nós, um convite a esventrar a fortaleza do poder, um grito que abala a indiferença, uma forte tábua de salvação.